Quem nunca teve uma ideia milionária?
Nós temos diversas ideias todos os dias, e devemos grande parte à nossa criatividade, que funciona “24/7”, abstraindo de maneira consciente ou subconsciente tudo o que aprendemos, vivemos e experimentamos. Porém, as ideias e a criatividade são abstratas, existindo apenas dentro de nós mesmos.
Do outro lado, temos as inovações. Elas são o produto dessas ideias, quando são devidamente planejadas e executadas. Essas inovações, inclusive, podem se transformar em grandes negócios, como observamos continuamente no nosso cotidiano (Amazon, Google, Nubank e tantos outros gigantes que o digam).
Porém, há uma distância enorme entre ter uma ideia milionária e construir um negócio que traga lucros milionários. Essa distância a ser percorrida é composta por diversas técnicas e competências de ideação, gestão, modelagem de negócios e estratégia financeira. E é exatamente nessa trajetória, entre ideias e lucro, que a economia criativa se encontra.
A tão falada economia criativa, na verdade, é uma abordagem de mercado que considera a criatividade como força motriz de negócios e de desenvolvimento econômico. Ela engloba indústrias criativas, setores da economia que dependem completamente da criatividade para gerar lucro, como o audiovisual, moda, design, arquitetura e games.
O termo também não é tão recente. Foi desenvolvido no início da década de 1990, na Inglaterra quando a indústria fonográfica teve uma participação maior no PIB britânico do que a indústria automobilística. A partir desse fato, estudos científicos e governamentais começaram a ser desenvolvidos para a compreensão do potencial dessas indústrias criativas.
Desde então, a discussão sobre economia criativa evoluiu. Em termos de mercado, é impossível falar sobre economia criativa e ignorar inovação, design thinking, comportamento do consumidor, economia do compartilhamento, empreendedorismo e negócios. Todos os assuntos são intimamente relacionados, e devem ser considerados em conjunto para maximizar os seus impactos.
Em termos econômicos, estamos falando de uma abordagem com poucos dos setores que cresceram durante a crise financeira mundial, e que gerou mais de 155 bilhões de reais para o nosso país em 2015 (Mapeamento da Indústria Criativa no Brasil – Firjan). Se falarmos sobre profissionais, somam quase um milhão no mesmo ano. Já sabemos o que é e qual é o potencial da economia criativa. Então o recado é: se a criatividade e as ideias já se transformaram em tanto lucro no Brasil e no mundo, a sua também pode gerar! Para isso, competências profissionais são essenciais para que esse caminho seja trilhado, principalmente sendo desenvolvidas em instituições que compreendem e atendem às demandas de mercado.