Relações na era do Inbound Marketing
Com um mundo de informações ao alcance das mãos, o novo consumidor não precisa mais da sua vontade de comunicar sobre a sua marca para descobrir o que quer, quando, onde e como. E isso tirou da zona de conforto todo um mercado preparado para empurrar produtos e serviços com títulos e roteiros cheios de guides & features. A regra agora é a da atração com relevância, do relacionamento, das vendas e da mensuração de resultados com análise. Vivemos a era do Inbound Marketing.
Segundo pesquisas do HubSpot, desenvolvedor de softwares e ferramentas para a execução do Inbound, dos Estados Unidos, o número demarketers que assumiram o uso do Inbound Marketing aumentou de 60% em 2015 para 85% em 2016.
Você já parou pra pensar que muitas vezes as informações que você coloca no seu ambiente digital pode levar seu potencial consumidor a fechar negócio com seu concorrente? Não necessariamente por serem ruins ou falarem mal de você. Talvez você tenha sido a fonte de todas as informações relevantes sobre determinada categoria que o levou à decisão de compra, mas faltou o envolvimento, criar uma relação orgânica, entender de verdade quem era essa pessoa que chegou perto de se tornar parte da sua rede de contatos reais.
A boa notícia é que o inverso também acontece. Se você estiver preparado para falar com as pessoas dentro do universo real e individual delas, o produto ou serviço mais atraente numa enorme teia de pesquisas envolvendo seus concorrentes pode ser o seu.
Para isso, meu amigo, você vai ter que mergulhar no mundo dos dados, das informações e entender de verdade esse magnífico e infinito universo digital.
Os relacionamentos, hoje, não se diferenciam mais no mundo virtual e no real. Segundo o instituto de pesquisa norte-americano Gartner, até 2020 cerca de 85% dos relacionamentos dos clientes serão feitos sem nenhum contato com outro ser humano. E esse movimento já começou. Tudo é relacionamento e é assim que as pessoas com as quais você fala nas suas redes sociais, sites, blogs querem ser tratadas: como as pessoas que são. Cada ponto de contato que você tem com elas é um encontro e determinante para o estabelecimento desta relação.
Para facilitar nossas vidas, as vontades, manias, desejos, sonhos e realizações, bem como as desavenças e críticas pessoais, estão ali, disponíveis, há alguns cliques e, claro, uma certa quantia de dinheiro investido, afinal, estamos falando de negócios.
Não adianta ter informação se você não sabe o que fazer com ela. E nessa hora, ou você é especialista nisso ou se une a alguém que seja. Mais do que isso, você precisa de alguém que transforme a interpretação dessas informações em inteligência digital.
O Inbound Marketing é a organização do que muitas vezes é feito com base no feeling ou em pesquisas desconectadas. Ele te leva direto ao ponto, com o afunilamento das informações direcionando para o contato real. A entrega acontece em todas as pontas do processo do marketing: o conteúdo atraente e capaz de converter uma passagem pelo seu ambiente digital em permanência e engajamento; o relacionamento saudável de interesse mútuo; a compra por escolha; o retorno de dados ricos para se aproximar cada vez mais desse novo consumidor; e a mensuração para justificar todo o investimento. É um caminho sem volta. Um ciclo que não se fecha, mas abre novos horizontes nas relações entre pessoas e marcas.
Muitos acreditam ser mais uma onda de modismo que passará. Mas este, assim como um neologismo de Guimarães Rosa, ficará por muito tempo em voga. E simplesmente pelo fato de que o Inbound Marketing nada mais é do que a evolução natural do que se tem em digital marketing, em todos os sentidos, do content marketing à media performance, da criação de uma campanha ao CRM digital. Acreditem, este termo vai perdurar por um bom tempo.