Os smartphones se tornarão o controle remoto do mundo
Foi-se o tempo que utilizávamos nossos telefones prioritariamente para fazer e receber chamadas. Os antigos aparelhos celulares, hoje chamados de smartphones, exercem muito mais do que essa função inicial: atualmente diversos apps para Android e iOS os “transformam” em uma espécie de controle remoto da TV. Mas essa é apenas uma faceta desses aparelhos, que, a cada dia que passa, mais fazem parte do “pacote básico” carregado nos bolsos ou bolsas de usuários pelo planeta afora.
Falar ao telefone celular é o que menos se faz
Segundo uma pesquisa recente do IBGE, os equipamentos móveis se consolidaram de vez como principais meios de acesso à internet no Brasil. De acordo com o Instituto, 92,1% do acesso à rede são feitos por esse tipo de equipamento no País – batendo, pela primeira vez, os computadores pessoais, ou seja: ele vem se transformando em carteira eletrônica, central de serviços financeiros, trabalho e lazer, tudo em uma coisa só. Para se ter ideia do que isso representa, basta dizer que algo que há uma década parecia pouco provável já está acontecendo.
Isso porque o smartphone reúne uma série de características que têm tudo a ver com a geração dos Millennials – que está recebendo o bastão e dará as cartas pela próxima década, no mínimo. Trata-se de uma geração hiperconectada, preocupada com o uso inteligente de seu tempo e com a sustentabilidade em todos os aspectos da vida e que transformou as redes sociais na versão digital (e visceral) do “power to the people”.
De volta aos números do estudo do IBGE, eles vão ao encontro da terceira edição da pesquisa PayPal/lpsos, divulgada em novembro do ano passado, segundo a qual 17% de tudo comprado online no Brasil nos 12 meses anteriores teve como ponto de partida um smartphone. Em 2015, o mesmo indicador havia registrado 13%. Ou seja, quem adquire o aparelho passa a usá-lo para tarefas antes mais fáceis de ser executadas à frente de um PC. É, sem dúvida, a revolução dos devices móveis.
Outra prova de que o futuro pertence a eles é outro estudo contratado em 2016 pela PayPal Brasil, este à Euromonitor International. De acordo com ele, até 2020, cerca de 4,5 bilhões de pessoas no mundo inteiro serão assinantes de internet móvel. No Brasil, esse número deve bater os 250 milhões de usuários até o final desta década.
Projeções futuras
De acordo com o que já estamos testemunhando, sua e-wallet terá formatos cada vez mais ergonômicos, será à prova de quedas, poderá ter opções com tela dobrável e que se pode vestir, como um bracelete high-tech, ou até implantado no corpo. O protótipo de uma versão “gelatinosa”, combinação de alumínio com resinas naturais, já está operante, embora ainda não à venda – e ela é capaz, inclusive, de se consertar sozinha.
O smartphone do futuro também reconhecerá (além da impressão digital e da íris) o rosto do usuário, avaliará seu humor, e trabalhará com comandos de voz diretos, sem qualquer tipo de digitação necessária. Ou seja, se tornará orgânico, parte das pessoas. Isso quer dizer que a expressão “estou me sentindo nu sem meu celular” fará sentido quase literal.
A verdade é que não importa se o smartphone como o conhecemos se transformará em um item vestível ou um holograma ou o que quer que a imaginação humana possa inventar. A única certeza é que ele já está se tornando indispensável como nenhum outro device jamais sonhou ser – e se tornará, cada vez mais, o controle remoto do nosso mundo.